quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Chegamos!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Desculpem a demora para postar. É a falta de tempo e um pouquinho de preguiça também...

Dia 26 - 3º Dia - Pacaymayo - Runcuracay - Sayacmarca - Puyupatamarka - Wiñaywayna

Hoje o dia longo. Após ter descido boa parte do que subimos no dia anterior, agora ao menos é mais plano.
Fomos acordados mais uma vez com o mate de coca e um belo café da manhã. Afinal, hoje será a maior caminhada. Meu pé? Estava doendo, mas não sei porque nao sentia muita coisa ao pisar. Mas uma dor absurda se o torcesse para o lado, claro. E até hoje ainda dói. Não cuidei como deveria. Mas o problema maior foi quando ainda dentro da barraca ouvi o Bruno dizendo que tinha passado mal a noite inteira. Pensei: Mais um! Tomara que não seja nada demais.
Começamos a caminhar, logo de cara uma baita subida, além de estar bastante frio. Nessa altura Bruno ja reclamava de fortes dores, náusea etc. Foi quando o Ruben achou melhor medicá-lo e usar o então tubo de oxigênio. Sentado e respirando "por aparelho", começou a se sentir um pouco melhor e confiante para continuar. Ledo engano, a situação foi piorando, cada vez mais. Ele nao conseguia comer nada, "vazava" por todos os lados, coitado. E mesmo assim continuou, até porque, não havia como sair dali senão desse jeito.




Em uma das paradas para descansar e comer algo, ele tomou uma atitude heróica, porém estúpida. Quis continuar. Sozinho. Sem paradas. Até o acampamento. Loucura, total.
E assim foi, seguiu. Debilitado, sem comer, sem comida e tampouco água. Seguiu pelo longo dia. O sol ao meio dia castigava, estava quente. Paramos para almoçar e só pensávamos em como estaria o bravo herói estúpido.

Trechos de trilha bem estreitos, vários sítios arqueológicos (ruínas de Runcuracay e Sayacmarca), fendas dentre rochas, altas montanhas (passagem a 3850m), onde do alto delas dava para avistar a bandeira indicando que Machu Picchu estava próxima. Assim resumia nosso terceiro dia. Aliás, estava ancioso por chegar ao acampamento, pois teríamos chuveiro e banheiro.

Ao final, parecia que estávamos na mata atlântica. Mata fechada, umidade, frio. Nem parecia a mesma trilha.
Após uma bifurcação que fez com que os ultimos se perdessem, Kleber, Cesão e Léo, chegamos todos, são e salvos, inclusive o Bruno, que chegara já fazia muito tempo e graças a Deus se sentia melhor.


No local do acampamento havia até restaurante. Cheguei ao caixa e sem pestanejar fui dizendo: Por favor, uma toalha, papel higiênico e uma cerveja. Bem gelada, ok!?
Foi uma das melhores sensações. Depois desses dias todos sem banho, sem banheiro, tomando água sabor miojo. Caramba, me sentia outra pessoa. A breja? Matei em segundos.
Pedi mais uma e dormi feito um anjo.

Total: 16km
Acampamento: 2650m



Dia 27 - 4º Dia

Depois de ter passado muito calor na barraca, fui acordado as 4:40 da manha. "Amigo, mate de coca". Isso ficou na minha cabeça por alguns dias.
Depois de ter sido "enganado" de que a caminhada seria de apenas uma hora, começamos ainda noite. A trilha estava cheia, todos os grupos reunidos.

Amanhecendo

Mas de fato foi fácil. Sem maiores problemas. No caminho, encontramos muitas lhamas, simpáticas, por sinal. A primeira parada era IntiPunku (Porta do Sol) de onde se tem a fantástica visão panorâmica de Machupicchu. Ao chegar, euforia absurda. Perguntava ao Ruben: Vamos ver Machu Picchu daqui?? Sim, sim, respondia ele. Ao cruzar o portal......NEBLINA!!!!!!!! PURA NEBLINA. Não enxergávamos nada! Esperamos cerca de uma hora e nada. Resolvemos continuar. Até que em certo ponto da trilha, pudemos enfim avistá-la. Não acreditava, depois de uma espera de 8 anos, estava ali. A emoção foi grande. Fiquei de longe contemplando. Não acreditava que estava tão próximo. E sabe o que mais? Ninguém me levou, não. Fui a pé! Cheguei ali andando. Mochila nas costas.
Estava muito feliz e emocionado. Não via a hora de estar dentro dela.

E assim foi, mais meia hora e estava pisando no solo sagrado dos Incas. Estava dentro de suas habitações, ouvindo as explicações do guia, mas que na verdade entravam por um ouvido e saia pelo outro. Sentia a energia daquele lugar. Admirava a imponente Waynapicchu, que queria absurdamente escalar, mas que por motivos de tempo não pude. Fica pra próxima. Aliás, fica o convite. É possível chegar a Machu Picchu por outra rota, e by Bike!!! Prometi que a próxima seria pedalando. Estão convidados!


Ufa, depois de mais de um mês consegui. Desculpem-me se ficou chato ou enfadonho. Mas era uma forma de registrar a viagem e não perder o diário. Está registrado aqui, todos os maravilhosos dias que passei dessa viagem. Espero que alguém tenha gostado e se motivado a fazer o mesmo. Uma viagem, antes de mais nada, a nós mesmos.








Templo sagrado





Como já disse: É animal ter uma foto classica como essa na sua própria máquina.



Grande abraço

2 comentários:

  1. Animais as fotos, cara!!!
    Muito legal ver e imaginar como tudo foi construído a essa altura!

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  2. O mais legal foi ter feito andando...e lógico as paisagens...e mais ainda ter chegado!

    Valeu muito a pena!!!

    Ricardo.

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