segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Dias 18 e 19

Era exatamente 22:40 quando partimos.
Com uma conexão em Assunção a chegada atrasaria ainda mais. Cheguei a La Paz as 3:30 horário local (1 hora a menos). A sensação de descer a mais de 3600m de altitude é estranhíssima. Ao descer senti-me tonto e com o coração disparado. Perguntei ao Português que estava comigo, se ele sentia o mesmo, ele disse que sim e ao tomar seu pulso, vi que estava até pior que eu.
Como disse num post anterior, me abaixei para amarrar o tênis e quando levantei.....minha cabeça chegou uns 5 segundos depois.
Esse período de aclimatação é demorado, mas depois não se sente mais nada, a não ser o esforço redobrado para subir escadas e fazer qualquer espécie de exercício um pouco mais intenso.

Pegamos um taxi que nos custou 15 doletas!!!! Caro!!!!!
Chegamos ao hostel, muito legal por sinal. O resto da galera tinha ficado em outro e só nos encontraríamos quando amanhecesse. Não daria para aproveitar a estadia em La Paz, já que com o atraso de dois dias teríamos que sair no mesmo dia rumo a Copacabana.
Quarto:


Rodoviária





Ao chegar na rodoviária as passagens já foram providenciadas e o ônibus sairia as 14:00. Era quase 12:30 quando decidimos sair pra conhecer um pouco a cidade. Pegamos um taxi e paramos numa praça muito bonita, onde ficava o palácio do governo. Fotos tiradas e......vamos pro estádio!!!!! Vamos ver onde o Brasil foi campeão da Copa América de 97, da famosa frase do Zagallo: Vocês vão ter que me engolir! Outro taxi e rapidamente estávamos lá. Portões fechados, claro! Rodeamos o estádio e encontramos uma portãozinho. Vimos um senhor e perguntamos se podíamos entrar. O cara deixou!!!! Com tanto que: Sem pisar no gramado. PORRA!!!! TUDO BEM, TUDO BEM!!!!!
Estava dentro do estádio, a dois metros do gramado, em cima da pista de atletismo! Que vontade de dar um tirinho! rss

Vista do taxi:

Estádio:






De volta a rodoviária. Pegamos a van que nos levaria, uma porcaria por sinal. Lotada, apertada, um calor infernal, só faltaram as galinhas e os porcos.
A última poltrona era aquela comprida, única, onde um senta do lado do outro, sem divisões. Pois é, tive a brilhante idéia de sentar lá. Na última, do lado direito, espremido contra a janela que não abria de jeito nenhum! 4 horas, 4 horas e meia ali!!!!!!!!!! Que merda!


Depois de umas duas horas chegamos ao famoso Lago Titicaca, onde teríamos que atravessar. A van foi numa balsa, e nós num barquinho igualmente horroroso, mas bem eficiente, e além de tudo, foi divertido dividir espaço entre um monte de gringos e "locais".
Travessia rápida e logo estávamos na vanzinha de novo. Chegamos em Copacabana as 18:00.







O desafio agora era caçar um hostel, já que não tinha nada reservado. Logo ao descer fomos surpreendido por uma senhora chamada Sônia, que nos ofereceu seu hostel. Bem em frente havia outro e a dúvida agora era: Em qual ficar? Quando percebeu nossa dúvida, a Sônia sem cerimônias, pôs-se a falar um monte do concorrente:
- Vocês querem ficar ali?? Ali eles não lavam o lençol! É barulhento, sujo, eles não respeitam o hóspede. Quando amanhece começa a bagunça na praça e vocês não vão conseguir dormir....etc, etc, etc.
Decidimos, vamos ficar aí mesmo!!!! Ela, desapontada foi embora.

Acontece que, era EXATAMENTE como ela disse. Barulhento, eles não respeitam o hóspede etc, etc.....e acredito de verdade que eles também não lavam o lençol...rs. Pra piorar, a janela do meu quarto ia do teto ao chão, imensa, de frente pra praça. Ou seja, mal amanhecia e a claridade era insuportável.
No dia seguinte só nos restou procurar a Sônia, com aquela cara....
Além de ser bem mais bonito, o quarto era silencioso e vista era demais !!!
O terraço tinha um puta visual das montanhas e do lago. E era mais barato também.






A noite decidimos dar uma volta. Mas não havia nada pra se fazer. Tudo fechado, e ainda era muito cedo.
Econtramos na rua, duas brasileiras que tinham acabado de vir de Machu Picchu, foi legal, tiramos algumas dúvidas e saímos todos a procura de algum lugar.
Achamos um barzinho, escondido, já quase fechado. Deu tempo de tomar duas cervejas e voltar.
Ao voltar pro hostel, encotramos a porta fechada e simplesmente sem ninguém para abrir.
Aí começa: Bate na porta de leve. Bate mais forte. Esmurra a dita. Começa a chamar. Dava uns berros....nada!!!!!!!!!!! E o frio era dos grandes. Aí começavam as piadas, pela situação ridícula de ter ficado "preso pelo lado de fora".
Bem, depois de vááários minutos, acredito quase 40, apareceu um senhor com a cara amassada, mal conseguindo abrir os olhos, mas que na sua cabeça, com certeza devia estar passando. FDP de brasileiros, me fazer levantar nesse frio, essa hora!!!!

Ufa! Entramos, e em minutos estava debaixo do edredom.

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