quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Série: Grandes Pianistas



Após outro longo período sem postar, aproveitarei minhas férias para por algumas coisas em dia. Muita gente andou visitando e outras comentando e eu mesmo nem acessava, por isso peço desculpas por não responder.

SÉRIE GRANDES PIANISTAS:

Dando continuidade a série, quero dedicar este post a um excelente pianista e um professor excepcional a quem eu devo muito.

Nascido na cidade de Sales de Oliveira, interior de São Paulo, iniciou seus estudos ainda muito jovem e logo depois se mudou para o Rio de Janeiro para estudar com a mentora de uma geração de grandes pianistas como: Arthur Moreira Lima, Nelson Freire, Tom Jobim (sim, ele queria ter sido pianista clássico) e ele, meu querido professor Antonio Bezzan.

Iniciei um trabalho com ele em agosto de 2000, que durou cinco anos. Durante esse período pude aprender o que realmente era estudar piano.
Além de ter tocado em audições e recitais que me fizeram amadurecer e crescer muito como músico, destes posso destacar: Audição no Conservatório Carlos Gomes de Campinas, audições nos Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga em Juiz de Fora, dentre tantos outros festivais e no MUBE(Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo). Portanto, tenho muito a agradecer a este "cara"!

Em 1964, o então jovem Bezzan venceu o IV Concurso Nacional de Piano realizado na Bahia que dava para o primeiro lugar uma bolsa de estudos para o prestigiado Conservatório Franz Liszt de Budapeste, Hungria. Na banca do certame estavam o grande Maestro Eleazar de Carvalho, o compositor Camargo Guarnieri (já falecidos) e o pianista Gilberto Tinetti, este ainda vivo e tocando muuuuito!
Em Budapeste esteve em contato com os melhores e mais conceituados professores do conservatório, e lá diplomou-se com o prêmio "Suma Cum Laudae", uma honraria à aqueles que se formavam com distinção.

Ainda determinado a continuar seus estudos pela Europa, Antonio Bezzan transferiu-se para Áustria e depois Holanda. Neste primeiro frequentou a Academia Mozarteum de Salzburg e os Internationales Kulturzentrum de Viena, e alguns anos após o Conservatory of Amsterdam.
Bezzan foi aluno de "capas de discos" como: Alfred Brendel, Joerg Demus e Paul Badura-Skoda, e sem dúvida esse um foi fator essencial para definir seu perfil profissional que anos mais tarde ja de volta ao Brasil o colocaria entre os principais pianistas/professores do país.

Anotonio Bezzan gravou um CD em 2000 com obras de Bach, Mozart, Chopin, Liszt e Villa-Lobos.
Atualmente além de dar aulas particulares, é convidado para presidir bancas de importantes concursos de piano e anualmente ministra master-classes no Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora.

PRÊMIOS: 1º Lugar – Concurso Juventude Musical Brasileira; 1º Lugar – Concurso Solista de Orquestra da Sinfônica Brasileira – RJ, 1960; 1º Lugar – Concurso Rádio Ministério da Educação e cultura – RJ; 2º lugar – Concurso Schumann RJ; 1º lugar – IV Concurso Nacional de Piano na Bahia Prêmio – 1964; “Suma Cum Laudae”- “Franz Liszt Academy”- Budapest, Hungria, 1968.

CRÍTICAS:

“BERSLISKE TIDENDE” ( Kopenhagem)... O pianista Bezzan mostrou – se como técnico de notáveis e sérios recursos, destacando-se como personalidade ma interpretação magnífica do Carnaval Op. 9 de Schumann. Sem dúvida mereceu a ovação que o público lhe dispensou.

“NÉPSZABADSÁG” ( Budapest)... possuidor de uma técnica excelente, sóbrio temperamento e completa concepção de estilo. Em seu recital voltou a destacar essas virtudes na suíte Op. 14 de Bártok.

“BERNER ZEITUNG”( Berna)... Na “Grande Salle du Conservatoire”, executando Prokofieff e Villa Lobos, Bezzan é um talento dos mais promissores recursos, excelente recital em cuja trilha o pianista deve prosseguir.

“VANGUARDA ESPAÑOLA” ( Barcelona)... Bezzan é um excelente intérprete mozartiano.

“DAGBLAD” ( Amsterdam)... Bezzan tem grande talento e musicalidade. Sem dúvida, é um artista de raras qualidades, possibilidades técnicas apreciáveis, um músico fino e sensível.

“JOSÉ DA VEIGA OLIVEIRA” ( Diário popular – São Paulo)... Bezzan domina o piano com impressionante segurança, não apenas quanto a técnica, mas ao senso de estilo e a musicalidade. Sob seus dedos, todas as notas emergem no devido lugar, dentro do exato plano sonoro.

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