terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Roubo de Bike

Bike roubada em taubate no final de semana de natal!!! por favor quem souber ou ver nas estradas da regiao do vale do paraiba liguem para 78142634

domingo, 26 de dezembro de 2010

Presentaço!

Há um ano atrás, sentei-me em frente ao computador e, num ato de impulso (sim, impulso total), resolvi criar o blog. Mesmo sem saber se teria tempo ou "saco" pra postar sempre.

Queria um espaço para escrever, falar de música e esporte.
No início foi estranho, dei umas cabeçadas até aprender umas coisas básicas e tinha uma dúvida grande também: Será que alguém vai acessar?

Pois então, um ano se passou (e rápido), muita gente acessou e acessa. E o mais importante, o blog me proporcionou ter conhecido muita gente. Pessoas fantásticas, com interesses em comum e falando a mesma língua. "Ouvi" conselhos, opiniões, debati, recebi puxões de orelha, recebi elogios e palavras de incentivo, ou seja, tudo aquilo que faz um ser humano crescer.

Neste aniversário de um ano, não poderia ter recebido presente maior.

Não vou citar nomes, mas quero agradecer a todos vocês. Aos que me seguem, a galera nova que vem comentando e aos que já tinham blog e me receberam de braços abertos. Muito obrigado, muito obrigado mesmo!!!

Desejo que 2011 seja um ano de muita música em nossos ouvidos e kilometragem em nossas pernas.

Um grande abraço!

Rodrigo

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

3000

Há três dias de completar um ano de vida o blog acaba de atingir 3000 acessos.

Quero agradecer a todos que acessam, comentam, quem acessa e não comenta, quem já virou meu amigo(a), graças ao blog, enfim, a todos vocês.

Sei que o coitado andou meio abandonado, mas ele continuará na ativa, firme e forte.

Obrigado e até breve!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Galera, me perdoem por mais essa.......

Desculpem-me por algumas notícias ruins. Mas não posso deixar passar.

Esse ano "tá brabo". Mais um amigo que se foi.
Um amigo de adolescência, amigo de escola, de jogos de futebol.

Faz uns dois anos quando estive com ele, e soube que estava trabalhando em São Paulo, na ROTA. Disse que sua mulher e mãe estavam preocupadas, e queriam que ele pedisse uma transferência para os bombeiros. Já estava a sete anos na profissão.

Como é o destino, se é que isso existe. Acabou sendo morto num assalto aqui em Taubaté, em frente a casa de um amigo, durante uma visita.



Uns nascem grandes, outros conquistam a grandeza, mas o verdadeiro poder vem de Deus,se a autorização não viesse do alto, não terias poder nenhum diante dos homens.

Quando a arma que mata é a mesma que defende os direitos e a liberdade, os anjos choram mas não acusam...

Fiz um pacto com a morte: eu não fujo dela e ela não me persegue, na certeza de que um dia vamos nos encontrar..

Um dia a bandidagem há de ver meu fim. Mas só quando Deus achar que minha missão na Terra se completa.

Honra....Lealdade.....Destemor....Este é o lema dos Bravos Guerreiros da ROTA

Quando os marginais acham que podem sair e mandar na cidade, nós saímos a caça pra mostrar quem realmente manda.

Se correr a ROTA pega, se ficar a bala come...




Fique com Deus, Guerreiro!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

FLASHBACK!!!

É isso aí. Para fazer companhia a série "Grandes Pianistas", considero inaugurada a partir de hoje, mais uma super série: FLASHBACK.
Assim como a primeira, ela leva um originalíssimo título.

Este será um espaço para relembrar grandes clips e músicas do passado. Assim também como o nome cafona e brega, muitas bizarices haverão de aparecer.


Para começar: Boys don´t cry.
Um clip estranho, bizarro mas com uma música legal(zinha).

A música é dos ingleses do "The Cure", banda que estourou no final dos anos 80. Seu líder é o vocalista Robert Smith, que é o único na banda desde sua formação original.

"Boys Don't Cry" é um single, lançado em agosto de 1979 e relançado em abril de 1986 pela gravadora Fiction Records. Depois virou nome de uma coletânea.

Então, com vocês: Garotos não choram!!!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Perdas e danos..............

Está quase no fim. Alguns dos principais compromissos já foram, e até agora ocorreu tudo bem. Estudei muito, toquei muito, treinei pouco e competi menos ainda, esse é o resumo do segundo semestre pra mim.

Dia 17 de Dezembro correrei uma prova qual gosto muito, a última do ano por sinal. A prova pedestre da cidade de Aparecida. Uma prova de 10km a noite, cheia de subidas, longas subidas, viadutos para subir e descer, mas por ser a noite costuma ser bem rápida.

Mas mudando de assunto. Esse ano foi marcado por algumas perdas. Umas próximas, outras nem tanto, mas todas de enorme relevância para o meio musical.

Eis algumas delas:

Henrique Pinto - Violonista
"Papa" do violão no Brasil. Quase todos se não todos os violonistas com idade em torno de 40 anos foram seus alunos.



“Este é o Annus Horribilis do violão. Não consigo nem manifestar o que estou sentindo, está passando um filme em replay na minha cabeça. Eu conhecia o Henrique desde 1982, estudei com ele e, sem contar todo o ensino, foi das pessoas que mais me puseram pilha para levar o violão a fundo. Quem foi seu aluno sabe, sem interferir de forma ostensiva na vida de seus alunos ele dava conselhos que só um pai muito desvelado e sábio poderia dar. Tinha respeito por gente que tinha 1/4 da idade dele. E foi, sem sombra de dúvida, a figura mais influente do violão clássico no Brasil nos últimos 40 anos. Se o Brasil toca violão desse jeito, deve muito ao Henrique. Que desolação, ficamos todos órfãos.”

(Fábio Zanon) - Um de seus famosos discípulos.


Eduardo Tagliatti - Pianista


Essa foi uma das mais inacreditáveis para mim. Até agora não consegui acreditar. Estou triste, pasmo e puto ao mesmo tempo! Conheci esse cara em 2000 no Festival de Juiz Fora. Lembro-me de como fiquei impressionado com a facilidade técnica, conhecimento e cultura não só musical, mas artística daquele menino, entao com 17 anos. Sem falar de sua leitura a primeira vista, praticamente instantânea, super sônica!
Neste ano ele completaria 28 anos!!!!!!!!!

Estou puto! E vou dizer porque.
Conheço um cara que já foi preso inúmeras vezes. Na cadeia foi torturado, virou mulherzinha, fugiu, foi preso de novo, tomou tiro lá dentro....etc etc etc. Num acerto de contas com outros vagabundos levou vários tiros a queima roupa.
Detalhe: o cara não morre!!!!
Os pais são gente da melhor qualidade, não sabem mais o que fazer.

Pois bem, o grande Eduardo Tagliatti se foi. NÃO É JUSTO!


Almeida Prado - Compositor - José Antônio Rezende de Almeida Prado (Santos, 8 de fevereiro de 1943 — São Paulo, 21 de novembro de 2010) foi um compositor e pianista brasileiro, membro da Academia Brasileira de Música sendo considerado um dos maiores expoentes da música erudita no Brasil.
Estudou no Brasil com Dinorah de Carvalho(piano), Osvaldo Lacerda (harmonia) e Camargo Guarnieri (composição).
Na Europa estudou com Nadia Boulanger e Olivier Messiaen em Paris entre 1970 e 1973, além de uma breve permanência em Darmstadt para estudar com György Ligeti e Lukas Foss.
Em janeiro de 2007, estreou no Carnegie Hall a sua peça "Hiléia, Um Mural da Amazônia", uma cantata para baixo e orquestra, inspirada no poema homônimo de Ives Gandra Martins, com a "Orquestra Bachiana Filarmônica" de São Paulo regida pelo maestro brasileiro João Carlos Martins.



O compositor e pianista faleceu na manhã de 21 de novembro de 2010 aos 67 anos de idade.


George Kiszely - Violista



Nascido na Hungria, veio jovem ao Brasil e por aqui ficou. Tocou em orquestras por todo o Brasil, trabalhou com famosos regentes e lecionou na Escola Municipal de São Paulo. Foi integrante dos quartetos oficiais da cidade de São Paulo e Rio de Janeiro.

Passou seus últimos anos lecionando na Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo, em Taubaté. Tinha uma vida artística muito ativa, nao deixou de lecionar e se apresentar mesmo quando problemas de saúde o acometeram. Era também dono do cargo de 1º violino no Quinteto de Cordas da cidade.
Dono de uma memória invejável, sempre nos contava de seus concertos na década de 60 ou 70. Lembrava de tudo: quem era o regente, o programa, o solista ou algum fato curioso ocorrido. Que inveja!!!!
Gravou muito, sua discografia de musica brasileira, principalmente, é grande.

Lembro-me com muito carinho de seus conselhos, nossas conversas e suas histórias. Sempre que eu me apresentava, ele estava sempre presente. Aliás, em meu último recital ele foi o primeiro a chegar. Ficou lá, na primeira cadeira, me ouvindo praticar, dando aquela última passada. Enquanto todos lá fora aguardavam.
Em 2004, em outro recital, toquei num piano de armário (aqueles verticais). Ao final, ele me abraçou, pôs a mão em meu rosto e disse, com aquele sotaque ainda carregado: "Filho, vocês fez milagre nesse pianinho de merda".

Deixou uma filha e sua esposa, minha colega Professora Yara.

Obrigado Professor George, fique com Deus, mestre.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Luto

Morre aos 67 anos José Antônio de Almeida Prado




Em breve escreverei mais sobre esse grande compositor que acabamos de perder.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"O Cara"

Cheguei um pouco antes das 8:00 na pista. Ainda sonolento.
Ao entrar, vi um magrelo parado em frente ao vestiário, com um shorts da BM&F, escondido embaixo de um boné e com uma cara de sono e preguiça muito pior que a minha. Cumprimentei-o:
- E aí, tudo bem?
Parecia que ele não tinha acordado ainda, ele simplesmente respondeu:
- Tudo certo.
Rapidamente me veio a cabeça: Esse cara me parece familiar!
De repente, alguém grita pra esse magrelo:
- Ei Marílson, onde você deixou a mochila?

Cara!!! É ele!
Sei que pode parecer ridículo e uma tietagem boba, mas e daí? Era o "cara".
O Bi-Campeão da Maratona de Nova Iorque, o Bi-Campeão da São Silvestre, o cara que corre 10km em 28 minutos e já correu em 27!!!!!!!!!!

Caramba, ia ver o cara treinar.
Mas infelizmente, eu estava com as horas contadas. E só depois de um tempão ele começou a aquecer, e demorou aquecendo, depois alongou quase uma hora, depois fez uns educativos, depois alongou de novo, e nisso eu ja estava quase atrasado. Tive que ir, mas essa semana ele ainda estará por aqui e quem sabe eu dê sorte. Da última vez o treino tinha sido "tranquilo": 20 x 600 pra 1'30" com 45" de intervalo, pelo menos foi o que me falaram. Também a ocasião era a preparação para Nova Iorque.

Abraço à todos!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Competição e Treino!!!

Até que enfim.
Minha última competição tinha sido em junho, pra quem sofria de overcompeting (não é, Claudia rssss) isso é muito tempo. Devido a compromissos de trabalho e minha nova faculdade, perdi a motivação para treinos e consequentemente competir. Até que..... descobri que haveria um biathlon em Ilhabela, da série em que a Gatorade patrocina. Corri a primeira etapa e me animei em ir de novo. Acabei me inscrevendo de última hora. Precisava me motivar, tinha que correr alguma coisa. Então que seja agora, já!

A largada aconteceu pontualmente as 14:30 deste último sábado e reuniu bastante gente, equipes inteiras vindas de toda parte, bem legal.
A prova é curta, 500m de natação + 3km de corrida. De fato não havia 500m, tudo bem, é pouco assim mesmo. Mas outra coisa é fato, preciso melhorar. Não somente a força e técnica, mas minha cabeça. Ainda tenho umas "panes" nadando no mar. Até a primeira bóia fui tranquilo, depois a coisa entortou. Comecei a sentir uma tremenda falta de ar, nadava com o calcanhar de um cara a um palmo do meu nariz, fiquei "engavetado" no meio de uma galera, fui me apavorando. Foi assim até chegar a segunda bóia. Quando a contornei, e fui em direção a praia, tudo mudou. Dei um baita tiro, me sentia forte e confiante. Cheguei muito rápido à praia, passei uns 4 caras nessa ultima reta e entrei na area de transição com mais outros dois que estavam um pouco a frente. Nessa hora só pensava: agora sim, agora eu tô em casa!!!
Corri forte, passei muita gente, muita mesmo e num percurso duríssimo. Subidas e mais subidas, quem já correu essa prova sabe do que estou falando. Subidas íngremes, e várias delas!!! O bom é que depois desce tudo, haja joelho.

Ao final, terminei na 28ª colocação geral em 73.
E na categoria fui 8º de 16.

Depois de tanto tempo sem treinar e competir, até que não fui tão mal, embora a primeira impressão tinha sido das piores. O lance é voltar devagar.

Saí de Ilhabela e fui pra Ubatuba, pois tinha combinado um treino com o pessoal de Taubaté que desceria a serra no domingo de manha.
Acordei quebrado, com o celular tocando. Todos ja tinham chego e estavam me esperando.


Belo treino. Curto, mas muito forte. Nadamos cerca de 500m, pedalamos 20km e corremos uns 4km, tudo em ritmo de prova. Depois aproveitamos o dia pra relaxar na praia e tomar umas cervejas. Foram algumas....aliás, foram muitas!
Foi muito legal reunir a galera. Treinamos, bebemos, nos divertimos. Coitadas das namoradas, que tiveram que aguentar um bando de bebados que só falavam de treinos e competições.
Muito obrigado, moçada! Popó, Maia, Robson, Gilsinho, Scooby e suas respectivas que além de tudo foram staff.

Obrigado pelo ótimo domingo!!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SCRIABIN

Uma de minhas peças favoritas! Sem dúvida!

Essa, na minha opinião, não é sua melhor versão, mas ainda sim tocada de forma muito convincente por um dos meus pianistas favoritos. Na ocasião o ainda joven Evgeny Kissin.

Uma das páginas mais difíceis da literatura pianística, em todos os sentidos.

Estudo Op.42 Nº5 de Scriabin.

Atenção!!!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Não posso deixar passar




Não é que já estão surgindo meus primeiros cabelos brancos. Será que é por causa da profissão? Uns dizem que é culpa do signo, que é coisa de gente que leva tudo muito a sério. Dá nisso.

E quem leva tudo muito a sério e ainda tem essa profissão. Está explicado!

Hoje comemora-se o dia do Professor!!!!
Mais que uma profissão comum, é uma profissão de Fé. Embora seja um professor de música, perante aos olhos e rigores da lei, não posso considerar-me como tal. Só porque sou bacharel! Mas olha só.....!!!!!!!!!!!!!!!! Não sou professor! Bem, pergunte aos meus alunos.
Não quebrei a tradição da família, tudo bem, são somente duas gerações, mas não quebrei. Minha mãe também exercia a docência.
Estou estudando novamente, para me tornar um professor legítimo. Como se essas coisas pudessem ser ensinadas ou aprendidas.

Tantos e tantos professores passaram por nossas vidas, e tantos foram tão importantes e outros nem tanto.
Lembro-me de todos eles. Daqueles que me fizeram gostar de matérias que odiava, e daqueles que me fizeram odiar ainda mais aquela que já odiava.
Ahhh e tinha aquelas professoras boazudas, claro! No auge dos meus 14, 15 anos...Nossa....Haja imaginação!

Parabéns à todos que lutam (as vezes literalmente) bravamente perante a uma sala de aula repleta de seres de toda espécie. Dos mais calminhos e interessados, aos rebeldes revolucionários, e tem também os pseudo-intelectuais, na minha opinião os mais difíceis de se lidar.
Parabéns à todos que amam essa troca de informação. Que amam estudar e ensinar.
Que sentem um alegria imensa ao ver seus pupilos dando saltos maiores que os que você dava.


Aos músicos/professores.......... Bravo! Meus colegas, Bravo!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Janis Joplin


Hoje faz exatamente 40 anos que a música perdeu Janis Joplin, uma das melhores cantoras de blues branca da história do rock. No dia 4 de outubro de 1970 ela foi encontrada morta sozinha num quarto de hotel de Hollywood pelo companheiro da recém formada banda Full-Tilt Boogie, o músico John Cooke.

A cantora, de 27 anos de idade, estava deitada de bruços, entre o criado-mudo e a cama. Tinha o braço esquerdo marcado por uma série de picadas de agulha, por onde tinha injetado uma quantidade fatal de heroína, e o nariz quebrado, por uma provável queda. Ao seu lado, uma garrafa de uísque.


Janis Lyn Joplin nasceu em Port Arthur, Texas, no dia 19 de janeiro de 1943. Teve uma infância dura, embora fosse filha de um proprietário de uma refinaria de petróleo. Tratada com repulsa na universidade, era chamada pelos seus colegas de 'o homem mais feio do campus'. Largou a escola, tentou ser pintora e se meteu com os negros. Seu melhor amigo, um negro chamado Tio Tom, foi morto a pancadas pelos brancos em Port Arthur.

Seu caminho foi traçado pelo blues. Conheceu e apaixonou-se por um músico, Bruce, que logo depois morreu no Vietnã. Foi um amigo de Bruce, Sam Andrew, que a levou para San Francisco. Janis era diferente dos hippies. Bebia muito, tomava drogas pesadas e não queria saber daquela onda de paz e amor.

Ela chegou a ofuscar as bandas que a convidavam para tocar. Janis enlouquecia quando cantava e chegou a ficar nua durante uma apresentação. Em 1967 foi a grande atração do Monterrey Pop. Apareceu nas capas da Time e Newsweek. Foi para Woodstock, mas sua participação no festival não apareceu no documentário e no disco pela má qualidade do show.

Em fevereiro de 1970 veio para o carnaval no Brasil. Foi maltratada no Teatro do Municipal, onde era esperada como uma estrala de Hollywood e apareceu como uma hippie. Ainda por aqui, namorou o fotógrafo Ricky Marques Ferreira.

Ao todo a cantora gravou sete álbuns. Infelizmente, não se livrou da ideia fixa que a perseguia. 'Ninguém gosta mesmo de mim, sou feia demais para isso, só querem me explorar', declarou ela uma vez justificando seu modo agressivo de se apresentar. Com um estilo vocal próximo ao grito, Janis agitava o busto, os pés, os cabelos e as joias obedecendo ao ritmo da música.

Quando morreu era uma das cantoras de rock mais bem pagas do mundo. Fora do palco, porém, tinha uma vida solitária e vazia. 'O pior é a solidão', disse uma vez numa entrevista publicada pelo Estado. 'Com a fama perdemos todos os velhos amigos. As viagens nos distanciam e é difícil fazer novos amigos. Vivo para o momento das apresentações, cheia de emoção e excitação, como esperando por alguém a vida toda'.

Saiba mais

*Considerada como a voz feminina por excelência do rock, Janis teve uma vida agitada e confusa até morrer, aos 27 anos de idade.

*Entre 1970 e 1971 o rock perdeu três de suas figuras mais marcantes e influentes: Jimi Hendrix (18 de setembro de 1970), Janis Joplin (4 de outubro de 1970) e Jim Morrison (3 de julho de 1971).

*Quando tinha 16 anos, Janis já viajava pelos Estados Unidos de carona, fumava cigarros de palha e gostava de tomar gim. Frequentava guetos de negros, aprendia músicas sacras e lutava pela integração racial.

Fonte: Rose Saconi/Arquivo, estadao.com.br

domingo, 3 de outubro de 2010

A voz de Villa-Lobos

Uma de minhas maiores curiosidades, não só com relação ao meio musical, mas também envolvendo as maiores personalidades mundiais, é saber como eles realmente eram, não suas idéias, seu comportamento ou manias. Mas como eram fisicamente(embora a gente saiba por meio de relatos).Queria ver ao vivo, pessoalmente. E de todas as minhas curiosidades talvez a maior delas seja em saber como era a voz desses caras. Ficarei na curiosidade. Já que a maioria dos meus heróis ja morreram a pelo menos umas centenas de anos.

Para minha sorte, no início do século XX ja era possível realizar algumas gravações, e assim possibilitar saber como o Rachmaninoff tocava o próprio Rachmaninoff, ou como Rachmaninoff tocava chopin, ou como Bartók tocava Bartók e assim por diante. Que já é legal demais!!!!!!!!

Bem, para matar a curiosidade de mais alguém, estou postanto hoje para que vocês conheçam, um audio onde podemos ouvir a voz do maior compositor das Américas. Nosso Heitor Villa-Lobos.

Divirtam-se com uma pequena frase do genial Villa.

sábado, 25 de setembro de 2010

Série: Grandes Pianistas



Fazia tempo que não postava sobre os grandes mestres do passado.
Chegou a hora de um dos maiores, Arturo Benedetti Michelangeli. O nome não nega, italiano, e daqueles marrentos, como todo italiano tem que ser.

Michelangeli nasceu na Bréscia em 5 de Janeiro de 1920 e faleceu em Lugano, 12 de junho de 1995. Começou a estudar muito jovem, e aos 18 participou de um concurso em Bruxelas que lhe garantiu um satisfatório 7º lugar. Um ano depois participa do Concurso Internacional de Piano de Genebra, esse sim, lhe garantiu o 1º lugar.

Obcecado pela perfeição, personalidade forte, temperamento difícil para não dizer impossível, fumante inveterado, elegante, excêntrico, genial. Aqueles que conviveram com o maestro jura que é tudo verdade.
Em suas apresentações não haviam exageros de caras e caretas. Sua cabeleira sempre impávida e seu olhar sóbrio perante uma complexa obra deixava claro qual sua intenção: Fazer música, pura e simplesmente.


Michelangeli, não dava entrevistas e pouco se apresentava. Cancelava concertos como quem bebia uma taça de vinho. E não se inportava. Certa vez, quando cancelou uma turnê no Japão, perguntaram a ele qual teria sido o prejuízo. Sem dar a menor importância para a pergunta, respondeu: Um disco.

Aparecia nos palcos como o Drácula. Sério, inabalável e sempre de negro. A mesma cor de seu humor, se é que ele tinha.
Quando perguntado sobre quem eram os maiores pianistas da atualidade, eis que respondeu: Sono tutti morti.

Na biografia impressa nos programas, não havia menção do seu passado acadêmico ou de realizações profissionais. Somente comentários genéricos sobre suas atividades extramusicais: médico, campeão de esqui na neve e piloto de fórmula um.

Sua aventura no mundo dos negócios foi tragicômica. Tornou-se co-proprietário de uma companhia de discos para quem se recusou a gravar! Foi decretada a falência e ordenado o confisco de todos os seus bens. Se tocasse na Itália, seus cachês seriam arrestados pela Receita Federal local. Depois desse incidente, deu somente um recital em sua terra natal. No Vaticano, em homenagem ao Papa.

Sua técnica era excepcional, jamais ouvimos uma única nota errada ou esbarro vindos dele. Seu colorido de sonoridades eram infinitos. Algumas interpretações entraram para a história, como sua versão de Gaspard de la nuit, de Ravel. Assim como as obras de Debussy.
Era de uma delicadeza e refinamento sem tamanhos, compravadas em especial no Scherzo Nº2 de Chopin.
Outras obras tomaram outras dimensões depois de suas leituras,exemplo disso é o concerto nº4 de Rachmaninoff ou o Concerto em Sol de Ravel.

Para o musicólogo italiano Paolo Isotta, "era possidor do absoluto, com um fanático controle do próprio instrumento a serviço do expressivo".

Abaixo um vídeo do maestro interpretando uma peça que particulamente gosto muito, e sempre a incluo em meus recitais, audições ou qualquer outra apresentação em público.

De Domenico Scarlatti, sob as mãos do gigante Michelangeli. Sonata K 27 em si menor:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

TREINOS

Está sendo difícil mas vamos lá:

Natação:
500m aquec

10 x 100 com uma média medíocre, mas há de melhorar.

250m solto

Corrida:
10km leve para 50'

Vamos ver como me sentirei amanha.......

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

De volta a vida real.....

Estou de volta. Ou voltando.
Ainda não consegui retomar meus treinos como deveria por conta de diversos trabalhos, e agora também uma outra faculdade. Siiiim, voltei a ser "bixo". Com isso algumas prioridades vão surgindo e vai ficando cada vez mais difícil retomar.
Tenho estudado muito, lido muito e me dedicado quase que integralmente a minha profissão, a árdua tarefa de ser músico no Brasil. E em breve, de ser músico/educador com direito a aquele papelzinho chamado diploma, garantindo-me a exercer minha função perante os moldes da lei.

Tenho um amigo que competirá no Troféu Brasil esse domingo e me convidou para ir. Vou assistir. E se estiver inspirado até vou para a água nadar no meio do bolo, e quem sabe (aí vou ter que estar inspirado mesmo) correr os 10km. Tudo sem inscrição, só pra treinar e me divertir.
A previsão é de chuva, portanto, se eu acordar no domingo de madrugada e estiver aquele barulhinho lá fora. Fico na cama.

Grande abraço. E quero agradecer a todos que acessam o blog. Gente de toda parte. Muito obrigado.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Machu Picchu



A trupe



A neblina que impossibilitou a primeira visão de Machu Picchu


Acampamento 1





Perfeição. Pedras lixadas com areia e rochas mais duras









Essa bebida era um fermentado de milho. Se nao me engano se chama Chincha. Não tive coragem de experimentar. Mas fazia sucesso entre os "nativos".


Essa é a casa do menino que vendia a tal bebida. Reparem, sem janelas.


Da próxima vez vou subir.






quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Chegamos!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Desculpem a demora para postar. É a falta de tempo e um pouquinho de preguiça também...

Dia 26 - 3º Dia - Pacaymayo - Runcuracay - Sayacmarca - Puyupatamarka - Wiñaywayna

Hoje o dia longo. Após ter descido boa parte do que subimos no dia anterior, agora ao menos é mais plano.
Fomos acordados mais uma vez com o mate de coca e um belo café da manhã. Afinal, hoje será a maior caminhada. Meu pé? Estava doendo, mas não sei porque nao sentia muita coisa ao pisar. Mas uma dor absurda se o torcesse para o lado, claro. E até hoje ainda dói. Não cuidei como deveria. Mas o problema maior foi quando ainda dentro da barraca ouvi o Bruno dizendo que tinha passado mal a noite inteira. Pensei: Mais um! Tomara que não seja nada demais.
Começamos a caminhar, logo de cara uma baita subida, além de estar bastante frio. Nessa altura Bruno ja reclamava de fortes dores, náusea etc. Foi quando o Ruben achou melhor medicá-lo e usar o então tubo de oxigênio. Sentado e respirando "por aparelho", começou a se sentir um pouco melhor e confiante para continuar. Ledo engano, a situação foi piorando, cada vez mais. Ele nao conseguia comer nada, "vazava" por todos os lados, coitado. E mesmo assim continuou, até porque, não havia como sair dali senão desse jeito.




Em uma das paradas para descansar e comer algo, ele tomou uma atitude heróica, porém estúpida. Quis continuar. Sozinho. Sem paradas. Até o acampamento. Loucura, total.
E assim foi, seguiu. Debilitado, sem comer, sem comida e tampouco água. Seguiu pelo longo dia. O sol ao meio dia castigava, estava quente. Paramos para almoçar e só pensávamos em como estaria o bravo herói estúpido.

Trechos de trilha bem estreitos, vários sítios arqueológicos (ruínas de Runcuracay e Sayacmarca), fendas dentre rochas, altas montanhas (passagem a 3850m), onde do alto delas dava para avistar a bandeira indicando que Machu Picchu estava próxima. Assim resumia nosso terceiro dia. Aliás, estava ancioso por chegar ao acampamento, pois teríamos chuveiro e banheiro.

Ao final, parecia que estávamos na mata atlântica. Mata fechada, umidade, frio. Nem parecia a mesma trilha.
Após uma bifurcação que fez com que os ultimos se perdessem, Kleber, Cesão e Léo, chegamos todos, são e salvos, inclusive o Bruno, que chegara já fazia muito tempo e graças a Deus se sentia melhor.


No local do acampamento havia até restaurante. Cheguei ao caixa e sem pestanejar fui dizendo: Por favor, uma toalha, papel higiênico e uma cerveja. Bem gelada, ok!?
Foi uma das melhores sensações. Depois desses dias todos sem banho, sem banheiro, tomando água sabor miojo. Caramba, me sentia outra pessoa. A breja? Matei em segundos.
Pedi mais uma e dormi feito um anjo.

Total: 16km
Acampamento: 2650m



Dia 27 - 4º Dia

Depois de ter passado muito calor na barraca, fui acordado as 4:40 da manha. "Amigo, mate de coca". Isso ficou na minha cabeça por alguns dias.
Depois de ter sido "enganado" de que a caminhada seria de apenas uma hora, começamos ainda noite. A trilha estava cheia, todos os grupos reunidos.

Amanhecendo

Mas de fato foi fácil. Sem maiores problemas. No caminho, encontramos muitas lhamas, simpáticas, por sinal. A primeira parada era IntiPunku (Porta do Sol) de onde se tem a fantástica visão panorâmica de Machupicchu. Ao chegar, euforia absurda. Perguntava ao Ruben: Vamos ver Machu Picchu daqui?? Sim, sim, respondia ele. Ao cruzar o portal......NEBLINA!!!!!!!! PURA NEBLINA. Não enxergávamos nada! Esperamos cerca de uma hora e nada. Resolvemos continuar. Até que em certo ponto da trilha, pudemos enfim avistá-la. Não acreditava, depois de uma espera de 8 anos, estava ali. A emoção foi grande. Fiquei de longe contemplando. Não acreditava que estava tão próximo. E sabe o que mais? Ninguém me levou, não. Fui a pé! Cheguei ali andando. Mochila nas costas.
Estava muito feliz e emocionado. Não via a hora de estar dentro dela.

E assim foi, mais meia hora e estava pisando no solo sagrado dos Incas. Estava dentro de suas habitações, ouvindo as explicações do guia, mas que na verdade entravam por um ouvido e saia pelo outro. Sentia a energia daquele lugar. Admirava a imponente Waynapicchu, que queria absurdamente escalar, mas que por motivos de tempo não pude. Fica pra próxima. Aliás, fica o convite. É possível chegar a Machu Picchu por outra rota, e by Bike!!! Prometi que a próxima seria pedalando. Estão convidados!


Ufa, depois de mais de um mês consegui. Desculpem-me se ficou chato ou enfadonho. Mas era uma forma de registrar a viagem e não perder o diário. Está registrado aqui, todos os maravilhosos dias que passei dessa viagem. Espero que alguém tenha gostado e se motivado a fazer o mesmo. Uma viagem, antes de mais nada, a nós mesmos.








Templo sagrado





Como já disse: É animal ter uma foto classica como essa na sua própria máquina.



Grande abraço

domingo, 5 de setembro de 2010

A caminho...........

Era só esse tipo de visual.....

sábado, 4 de setembro de 2010

Trilha Inca - 2º Dia


2º Dia
Na minha opinião, o segundo dia mais importante. É hoje que atingimos o ponto mais alto. 2.415 metros de altitude, numa subida ininterrupta de 5km! Acordamos as 5:40 com os carregadores batendo em nossas barracas: Amigo, mate coca. Meio zonzo e ainda com muito frio, abri a barraca e tomei um gole do chá, que desceu redondo por sinal. Nosso amigo que tinha passado mal no dia anterior achou prudente não continuar. Conseguimos um cavalo e um morador, que o levou de volta para o início e de lá ele seguiria para o vilarejo. Nos encontraríamos em Machu Picchu. Esperando que a volta dele fosse segura e tranquila, a saída demorou uma hora. Saímos meio afoitos e de estômago cheio, o que causou grande desconforto. Após uma hora e meia de caminhada, avistamos a placa de 5km, ou seja, a subida começaria agora. Tomei um gel, um gole d'agua, comi um club social e bora morro arriba. Paramos num posto de pesagem onde pude constatar que minha mochila estava "acima do peso", pra mim, claro. Mas tudo bem, queria fazer tudo do jeito mais rústico e primata possível. A paisagem começa a mudar bruscamente. Muito verde, riachos, enormes árvores e também agora alguns turistas. Depois de horas paramos paramos para o almoço. Num lugar maravilhoso, as margens de um córrego com água a temperatura "desinflama tendão" rs. Ufa, enfim, descansar um pouco. Estava cansado. Pra variar, foi um belo almoço. A nossa frente uma imensa montanha com o pico nevado. Comentei sobre como era alta e linda. E sabem o que mais, estar a frente dela era como se ouvíssemos de alguém: "Ponha-se em seu devido lugar, sua coisinha"! Erámos insignificantes perante a ela. Depois de almoçar, molhar os pés e descansar um pouco, seguimos. Rumo a "Passagem da Mulher Morta", o imponente 4000m. Mais algumas horas subindo e subindo. Parava para respirar, contemplava a paisagem, pensava em como era bom estar ali e o quão feliz estava. Avistei, depois de uma curva, uma imensa parede, e bem lá em cima algumas pessoas. Não acreditei, estava chegando. Respirei fundo e marchei ao topo. Não queria parar mais. Como dizem os alpinistas, o "ataque ao cume" vai ser fulminante. E em torno das 15:30 horas atingi os 4.215m. Euforia, alegria, cansaço, dor...era tudo junto. Fiquei um tempão lá, curtindo e esperando o restante do grupo. Fui o segundo a chegar. O vento era congelante e muito forte. Não podíamos ficar muito tempo, tínhamos que iniciar a descida, que era tão difícil quanto subir. Os joelhos agradecem. Enquanto descia, encontramos um senhor, bem velhinho que fazia o caminho inverso. Parei de pensar em dor depois de conhecê-lo. Ele disse estar com fome e que não tinha nada para comer. Demos quase tudo que tínhamos. Agradeceu sorridente e seguiu solitário. Bravo senhor! Uma parte do grupo foi ficando e outra seguindo com mais rapidez. Fiquei entre os dois grupos. Aí, numa tentativa estúpida de querer alcançar o primeiro grupo, que na verdade eram somente duas pessoas, torci meu pé com os 10kg nas costas. Tive que parar e esperar um bom tempo, até que os que estavam atrás me alcançaram. Fiquei com medo, pois era somente o 2º dia ainda. Depois de longos minutos chegamos ao acampamento. Tomei um comprimido de nimesulida e torci, dessa vez no melhor sentido, que amanhecesse bem e pudesse continuar. Pelo menos a dor de garganta sei que passaria.

Distancia percorrida: aproximadamente 11km
Acampamento: 3500m


Detalhe: Na última subida, para alcançar o cume, percorri em torno de 400m. Levei quase duas horas e meia. Comentei ao Ruben, que em minha cidade, ja tinha percorrido a mesma distância, só que correndo, em 1'11"...rss Pra vocês terem uma idéia do que era aquilo. Vista do cume


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Trilha Inca

Dia 24

Antes das 6 estávamos todos de pé. A van que nos levaria ao início da trilha passaria as 6:30 para nos buscar.

Saímos de Cusco no horário combinado. No decorrer do caminho o resto da equipe ia integrando o time. Isso incluia: nosso guia, Ruben, nosso conzinheiro e nossos carregadores que seriam pegos num pequeno vilarejo chamado Ollantaytambo.
O problema é que desses carregadores, muitos viriam de trem de aguas calientes, ou seja, houve um atraso e a espera foi de quase 2 horas. Bem, chegados todos os carregadores, seguimos ao Km 82, início da tão sonhada trilha.
Devido a demora, eles resolveram que iríamos almoçar primeiro. E aí, já começavam as novidades. Fogareiros armados, cada integrante tinha uma função, seja ela, arrumar os pratos, armar as mesas, descascar legumes etc. Tudo muito organizado, prático e eficiente. O almoço: Excelente!!!! Melhor que muitos restaurantes por aí. Sempre era servido uma espécie de caldinho. Depois o prato principal e depois a sobremesa. O almoço desse dia foi: Arroz, frango frito, batata assada e tomate cortado em fatia. UFA!!! Vamos enfim começar a andar!!! Serão quase 40km em quatro dias.

O início é tranquilo, a vegetação é árida, o percurso é relativamente plano e embora seguimos margeando um rio, a umidade é baixíssima. Também é encontrado vestígios de animais(merda de lhamas...rs),pegadas, pequenas casas, capelinhas e até um cemitério!!!!!!!!!

O percurso é lindo, o nervosismo do início ja tinha passado e estava muito empolgado e feliz por estar ali. Saberia que em mais um dia, estaria totalmente isolado.
Devido ao atraso, não havia ninguém mais na trilha, somente nós!! Justamente como sonhara em fazê-la. Nada de turistas, nada.

Nesse dia, teríamos mais a frente o pior trecho do dia, uma subida muto íngreme e longa. Nosso amigo Coelho não estava se sentindo bem e assim fomos revezando carregando sua mochila, e por azar, ou sorte, a mesma foi me passada bem no início.

PS: Foi resolvido que iríamos colocar todas as roupas numa só mochila e pagaríamos um carregador pra isso, e só levar comida e água nas nossas. Decidi eu mesmo levar tudo, queria sofrer..Fazer tudo do jeito mais difícil e ter acesso as minhas coisas sempre que quisesse. Então, levei eu mesmo minhas roupas, comida e água, saco de dormir, isolante. Num dos postos de pesagem verifiquei que minha mochila tinha 10kg. Não era muito, mas para aquela trilha, qualquer grama era uma tonelada.

Também devido ao atraso da saída, a noite foi chegando, e nós ainda caminhando. Ou seja, ESTAVA SENDO MELHOR DO QUE ESPERAVA, nosso guia ficou pra trás junto com nosso amigo e mais a frente estávamos eu, Kleber e Cesão.
No meio do mato, 18:30 já é noite, no inverno então! Escuridão. E ainda faltava muito para chegar ao acampamento. Realmente estava muito melhor do que imaginei. Sozinho na trilha, no escuro e sem saber direito pra onde ir.
Encontramos durante o trageto, um grupo de moradores (duas menininhas e uma senhora, depois apareceu mais um senhor), todos em cima de burros e cavalos, e assim fomos, iluminando o caminho com nossas lanternas para eles e eles nos conduzindo ao nosso acampamento.
Chegamos tarde e exaustos. Nossas barracas já estavam armadas, o jantar sendo preparado e os carregadores num animado papo em quíchua (idioma indígena típico dos sulamericanos).
O jantar: Primeiro um lanche com pipoca, bolachas, chá, chocolate. Depois, a tradicional sopa, ou caldo, sei lá. Depois, macarronada. Depois desse primeiro dia era o que precisávamos.

Passei um frio do cão essa noite, achei que fosse morrer congelado. Vesti toda roupa que tinha. Gorros, luvas, meias de lã. Tudo que tinha. Até que consegui dormir um pouco.
O Coelho passou mal a noite toda. Os problemas começaram a surgir. Dos sete que viajaram, quatro passaram mal.

Presenciamos um casamento no vilarejo


Início da trilha

Cemitério



Capelinha



A sudida
Sítios arqueológicos encontrados durante a caminhada
Uma placa encontrada, quando escureceu. Aí deu uma "clareada" . Vimos que estávamos no caminho certo, já que o Ruben tinha ficado bem pra trás
Vista de dentro da barraca
Acampamento, pela manhã.
Outro sítio arqueológico. O trem passando ao lado dele, indo para águas calientes

Garotinha super carente que conhecemos no início da trilha
Visual durante a caminhada